Objetivo da Seduh é retomar obras paralisadas oriundas do Programa MCMV
24.02.2023

 A secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes, recebeu nesta sexta-feira (24) representantes de sete movimentos nacionais de luta por moradia. No encontro ela destacou o alinhamento do governo Estadual junto ao governo federal para dar continuidade às obras paradas ou inacabadas de habitação e outros projetos com foco na redução do déficit habitacional em Pernambuco.

Relançado no último dia 14 de fevereiro, o principal foco do programa Minha Casa Minha Vida é concluir obras inacabadas, principalmente na Faixa 1, que atende as famílias mais pobres com renda mensal de até dois salários mínimos. O objetivo do governo federal se alinha às orientações da governadora Raquel Lyra no que se refere às habitações de interesse social. A meta da Seduh é entregar 50 mil moradias, sendo 10 mil delas através do MCMV, com foco na retomada das obras inconclusas.

 “A gente tem mais de dez mil unidades habitacionais em Pernambuco sem funcionalidade efetiva para as famílias. São obras que estão pela metade, estão paradas ou foram invadidas de maneira irregular, com as famílias morando em situação de vulnerabilidade. Vamos atuar em cima disso”, disse Simone Nunes.

 O encontro com os movimentos sociais desta sexta (24) foi realizado na Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), no Recife. Simone Nunes estava acompanhada do diretor de programas habitacionais da empresa, Luiz Bayron.

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 A secretária vem mantendo uma agenda de conversas com todos os agentes do setor habitacional do Estado. A secretária já esteve reunida com ONGs, bancos, setor produtivo, governo federal e também com os movimentos sociais. O encontro de hoje foi a segunda vez que Simone se encontrou com representantes de movimentos sem-teto.

 

No dia 15 de fevereiro outros grupos locais foram recebidos. A ideia é buscar soluções para a habitação de interesse social no estado de Pernambuco. “Isso não vai ser uma reunião única, ou esporádica. Esse diálogo será permanente para que, em conjunto com os movimentos, a gente traga soluções dentro da proposta de governo que é beneficiar 50 mil famílias com moradias dignas. Queremos fazer a diferença na vida do maior número de pessoas e que hoje estão em vulnerabilidade, morando em áreas de risco”, disse.

 Para o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Rodrigo Rafael, o encontro foi fundamental para dar início à reconstrução da política habitacional do Estado. “É necessário que haja uma consciência da emergência da questão habitacional, que a gente trate os casos urgentes, tanto do ponto de vista de quem está ameaçado por um evento climático extremo, como também com relação à questão dos despejos. Precisamos projetar um futuro sob o ponto de vista da política habitacional.”

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